domingo, 23 de outubro de 2011

As bênçãos foram feitas para louvar, não para serem louvadas.


Bom dia!

Aqui vai mais um longo estudo. Mas ele denuncia uma trilha que muitos acabam seguindo, rumo à destruição de suas próprias vidas. Eu mesmo quase o trilhei uma vez, mas justamente por causa dessa palavra que Deus me deu, fui salvo e encontrei o caminho do arrependimento. Que Deus os abençoe!

Palavra: Ezequiel 16:1-34
Vemos a indignação de Deus com a nação de Israel e principalmente com a cidade que ele mais amou, Jerusalém. Desde os dias de Moisés, o povo israelita se mostrou difícil de ser tratado. Deus havia prometido a Seu povo que os levaria para uma terra que mana leite e mel e os libertou executando grandes sinais e grandes milagres, porém, ainda no deserto, Ele encontrou no povo que Ele amava um coração duro, ingrato e murmurador; incapaz de ter fé ou obedecer.
A misericórdia de Deus jamais se apartou dos Filhos de Israel, pois ainda sendo um povo de tão duro coração, Deus os levou à terra prometida e não só os levou, mas removeu de lá todos os moradores que habitavam, homens fortes que, pelas condições naturais, teriam esmagado o povo de Israel.
A terra era boa e havia sobre ela promessas de bênçãos sem limites, mas o povo vivia caindo e se levantando de sua idolatria e de seus pecados. Israel viveu nessa inconstância até os dias dos primeiros reis, quando Davi restaurou a adoração a Deus.
Mas a adoração que Davi tanto se esmerou em restaurar não durou muito, pois apesar de toda a sabedoria do reinado de Salomão, nos seus últimos dias ele se entregou à idolatria praticada por suas esposas, atraindo maldição para toda a nação, que se dividiu e jamais tornou a ter uma sinceridade de adoração tão plena quanto a dos dias de Davi.
Essa idolatria durou quase 500 anos e culminou com o esgotamento da paciência de Deus, que permitiu que toda a nação israelita fosse novamente entregue à casa da escravidão, dessa vez na Babilônia.
Temos visto nas igrejas que esta história tem se repetido constantemente; pessoas que chegam da casa da escravidão para a presença de Deus, perseveram, alcançam as bênçãos que Ele promete e depois, se prostituem.
Quando falamos de prostituição, tendemos a associar automaticamente ao pecado do sexo ilícito, mas vemos no texto que os padrões de Deus são muito mais altos. Quando Deus abençoou a Israel e a consagrou como nação santa, Ele não deu apenas leis, fardos pesados e impossíveis de carregar, mas deu promessas, todas decorrentes da obediência, conforme Deuteronômio 28.
Toda essa história é muito semelhante à nossa vida com Cristo:
3  E dize: Assim diz o Senhor DEUS a Jerusalém: A tua origem e o teu nascimento procedem da terra dos cananeus. Teu pai era amorreu, e tua mãe hetéia.
4  E, quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água para te limpar; nem tampouco foste esfregada com sal, nem envolta em faixas.
5  Não se apiedou de ti olho algum, para te fazer alguma coisa disto, compadecendo-se de ti; antes foste lançada em pleno campo, pelo nojo da tua pessoa, no dia em que nasceste.”

Os amorreus e os heteus eram habitantes da terra de Canaã, que fora amaldiçoada desde os dias de Noé (Gênesis 9:20-25). Da mesma forma, quando nascemos fisicamente, somos herdeiros de uma maldição, pois todos somos descendentes de Adão. A semente que foi o primeiro pecado foi germinada em toda a humanidade e isso, no mundo espiritual, é como estar revolvido em sangue, pois o salário do pecado é a morte. Nossa vida de pecado nos levou a conviver em um mundo que nunca nos valorizou, sempre diminuindo o valor das pessoas e supervalorizando o que aos olhos de Deus não tem valor. O mundo nos ensina a rota do isolamento e da competitividade para alcançarmos o sucesso e é justamente essa rota que nos leva a uma vida vazia.

6  E, passando eu junto de ti, vi-te a revolver-te no teu sangue, e disse-te: Ainda que estejas no teu sangue, vive; sim, disse-te: Ainda que estejas no teu sangue, vive.
7  Eu te fiz multiplicar como o renovo do campo, e cresceste, e te engrandeceste, e chegaste à grande formosura; avultaram os seios, e cresceu o teu cabelo; mas estavas nua e descoberta.”

Deus nos alcançou com a Sua misericórdia. Quando estávamos desprezados neste mundo de destruição, morte e roubo, Ele nos deu uma chance de aceitarmos Jesus como nosso Senhor e salvador e, quando aceitamos, Ele nos limpou e nos tirou da vergonha e do desprezo para sermos glorificados e reconhecidos, porém, estávamos limpos e vazios, prontos para que Ele nos enchesse.

8  E, passando eu junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi sobre ti a aba do meu manto, e cobri a tua nudez; e dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor DEUS, e tu ficaste sendo minha.”

Quando somos resgatados, a reação natural é amar aquele que nos resgatou, porque Ele nos amou primeiro. É então que Ele nos enche com sua presença e faz uma aliança conosco, nos tornando como Sua noiva. Como sua noiva, devemos fidelidade, pois uma aliança é uma relação bilateral, onde damos e recebemos.

“9  Então te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue, e te ungi com óleo.
10  E te vesti com roupas bordadas, e te calcei com pele de texugo, e te cingi com linho fino, e te cobri de seda.
11  E te enfeitei com adornos, e te pus braceletes nas mãos e um colar ao redor do teu pescoço.
12  E te pus um pendente na testa, e brincos nas orelhas, e uma coroa de glória na cabeça.
13  E assim foste ornada de ouro e prata, e o teu vestido foi de linho fino, e de seda e de bordados; nutriste-te de flor de farinha, e mel e azeite; e foste formosa em extremo, e foste próspera, até chegares a realeza.
14  E correu de ti a tua fama entre os gentios, por causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti, diz o Senhor DEUS.”

Depois que entramos em aliança com Deus e nos mantemos como propriedade d’Ele, recebemos primeiro o que é básico para o nosso sustento, o que remove toda a nossa vergonha e nos deixa em um nível básico de conforto, mas quando permanecemos n’Ele, ele nos prospera pelo amor que tem por nós. Essa prosperidade não é só de bens materiais, como o ouro e a prata citados no versículo 13, mas também de alimento espiritual, um alimento sólido, extremamente nutritivo e agradável para nós.
Estas são algumas das bênçãos que Deus derrama aos Seus Filhos. Em Deus, há prazer que estas coisas sejam dadas. Tudo isto é promessa de Deus para as nossas vidas, mas a Palavra diz que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram o que Deus tem preparado para aqueles que o amam, ou seja, a noiva da ilustração – nós – ainda estava longe de receber o tudo que Deus tinha para dar. O que define o futuro dessa noiva é a atitude que ela vai tomar ao receber estas bênçãos.
Israel passou por grandes provações porque, quando receberam todas estas coisas, fecharam seus olhos e seu coração para o Deus, o noivo que as tinha dado e amaram mais a provisão que o provedor, conforme se vê no restante do texto:

15  Mas confiaste na tua formosura, e te corrompeste por causa da tua fama, e prostituías-te a todo o que passava, para seres dele.”

Um dos ataques do inimigo é fazer com que um filho de Deus cresça mediante aos seus próprios olhos, ou seja, se ensoberbecer. O ser humano tem em sua carne a tendência de olhar e verificar tudo o que já conquistou, para se sentir bem. O mundo nos ensina que você é aquilo que você conquista, por isso, muitos acabam em competições destrutivas, pois todos querem conquistar não importando o preço. Porém, a palavra de Deus diz que a soberba precede a queda.

16  E tomaste dos teus vestidos, e fizeste lugares altos pintados de diversas cores, e te prostituíste sobre eles, como nunca sucedera, nem sucederá.
17  E tomaste as tuas joias de enfeite, que eu te dei do meu ouro e da minha prata, e fizeste imagens de homens, e te prostituíste com elas.”

Toda idolatria nasce de uma bênção. Até mesmo aqueles que adoram imagens, o fazem por uma associação errada de causa e causador. Estas pessoas recebem uma bênção de um Deus que é único e Todo-Poderoso e misericordioso, mas o diabo usa uma mentira para fazer a pessoa abençoada acreditar que a autoria daquela bênção é uma determinada entidade. Assim também, há pessoas que idolatram o dinheiro, como Deus bem exemplifica no versículo 17, achando que a felicidade vem das boas condições que Deus deu.

18  E tomaste os teus vestidos bordados, e as cobriste; e o meu azeite e o meu perfume puseste diante delas.
19  E o meu pão que te dei, a flor de farinha, e o azeite e o mel com que eu te sustentava, também puseste diante delas em cheiro suave; e assim foi, diz o Senhor DEUS.”

Para alcançarmos níveis mais altos de bênçãos e favores de Deus, temos que entrar em níveis de aliança mais profundos com Ele. Por exemplo, uma pessoa que bebe não tem condições de manter um juramento de abstinência alcoólica com Deus. Primeiro ela precisa ter uma atitude sincera de entregar seu coração a Deus e obedecer a tudo quanto Ele ordenar. Da Sua parte, Deus a libertará da bebida, comprometendo a pessoa, pela bilateralidade da aliança, a não procurar mais sustentar o antigo vício.
Porém, torna-se altamente detestável aos olhos de Deus quando alguém com um nível profundo de aliança oferece as bênçãos adquiridas através de Deus para a idolatria. O casamento, por exemplo, é algo que constantemente se torna um presente de Deus oferecido a ídolos. Esposas e maridos passam a idolatrar um ao outro, deixando para trás aquele que os uniu, abandonando Seu ministério em troca de mais momentos a sós. Ou ainda idolatram sua casa, seu trabalho, seus filhos. Quando se nota, absolutamente tudo na vida do casal se torna mais importante que a Presença de Deus. Oportunidades de carreira são outros ótimos exemplos. Muitas pessoas são roubadas da Presença de Deus por trabalhos que aparentemente são lucrativos, mas que exigem delas um tempo que elas deveriam estar investindo em jejum, oração, cultos e consagração.

20  Além disto, tomaste a teus filhos e tuas filhas, que me tinhas gerado, e os sacrificaste a elas, para serem consumidos; acaso é pequena a tua prostituição?
21  E mataste a meus filhos, e os entregaste a elas para os fazerem passar pelo fogo.
22  E em todas as tuas abominações, e nas tuas prostituições, não te lembraste dos dias da tua mocidade, quando tu estavas nua e descoberta, e revolvida no teu sangue.”

Como já dito anteriormente, o pecado é uma semente e toda semente gera fruto segundo a sua espécie . Não se pode servir a dois senhores. Quem anda na presença de Deus, mas não O serve, serve ao inimigo. Devemos entender a importância de nos guardarmos em santidade e constantemente nos arrepender, pois aquele que conhece a verdade e não a pratica, faz pior do que aquele que peca sem conhecer a verdade. Uma pessoa que não conhece a verdade e por isso peca, é roubada daquilo que ela tem direito, mas aquele que, conhecendo a verdade, insiste em pecar, entrega os frutos de sua convivência com Deus nas mãos do diabo.
O perigo mais iminente disto é a perda de um ministério. Muitas igrejas já fecharam suas portas porque seus líderes e pastores se entregaram ao adultério, alcoolismo e tantos outros pecados. A Palavra nos exorta a nos examinarmos, mas o versículo 22 faz um pedido ainda mais profundo: ele nos convida a lembrarmos quem éramos antes de conhecer a Deus. Do tamanho da misericórdia que foi necessária para que Ele nos escolhesse.

23  E sucedeu, depois de toda a tua maldade (ai, ai de ti! diz o Senhor DEUS),
24  Que edificaste uma abóbada, e fizeste lugares altos em cada rua.
25  A cada canto do caminho edificaste o teu lugar alto, e fizeste abominável a tua formosura, e alargaste os teus pés a todo o que passava, e multiplicaste as tuas prostituições.
26  Também te prostituíste com os filhos do Egito, teus vizinhos grandes de carne, e multiplicaste a tua prostituição para me provocares à ira.”

Existem vários níveis de aliança com Deus. Quanto mais profundamente entramos nesta aliança, maiores são as bênçãos que alcançamos e, por consequência, maiores as responsabilidades e maiores as tentativas do inimigo de nos roubar. Todo pecado, para Deus, será julgado como pecado, não importando sua gravidade, porém, dependendo da gravidade do pecado, o caminho de volta para Deus pode ser mais ou menos difícil e a consequência, pelo princípio da semeadura e da colheita, pode ser mais ou menos dolorosa.
O fundo do poço é quando desistimos de lutar e não nos arrependemos. O pecado não só mancha nosso relacionamento com Deus, mas também mancha nosso caráter, de modo que todo bom fruto que conquistamos com nosso Deus adquire uma marca perversa e demoníaca que nos envergonha, pois sempre seremos lembrados pela glória que tínhamos e que perdemos. Por fim, ao chegarmos neste estado, voltamos para a casa da escravidão, mas de uma maneira ainda pior da que saímos; envergonhados, humilhados e com um jugo de opressão sete vezes mais pesado.

27  Por isso estendi a minha mão sobre ti, e diminuí a tua porção; e te entreguei à vontade das que te odeiam, das filhas dos filisteus, as quais se envergonhavam do teu caminho depravado.
28  Também te prostituíste com os filhos da Assíria, porquanto eras insaciável; e prostituindo-te com eles, nem ainda assim ficaste farta.
29  Antes multiplicaste as tuas prostituições na terra de Canaã até Caldéia, e nem ainda com isso te fartaste.”

À medida que um filho de Deus se aprofunda no pecado, o diabo começa a cobrar o preço de toda a afronta que foi feita ao domínio que ele tinha antes. Deus é puro e ele não pode se misturar com o que é impuro, ou seja, em um coração voltado para Deus, não pode haver desejo pelo pecado. Ainda que pequemos, este não pode ser o alvo de nossas decisões, de nossas vidas. Quando isso acontece, a Presença de Deus se retira de nós e voltamos a sentir aquele vazio que só pode ser preenchido por Deus.
O ser humano, porém, não foi feito para se sentir vazio e mais uma vez, tornamos a ficar piores, porque sabemos exatamente o que preenche completamente nossos corações, mas não conseguimos alcança-lo. Porém, na ansiedade e no desespero de uma barreira criada entre nós e Deus, tentamos reaver um tempo de paz de qualquer forma, como se fosse possível alcança-lo sem a presença do Pai.

30  Quão fraco é o teu coração, diz o Senhor DEUS, fazendo tu todas estas coisas, obras de uma meretriz imperiosa!
31  Edificando tu a tua abóbada ao canto de cada caminho, e fazendo o teu lugar alto em cada rua! Nem foste como a meretriz, pois desprezaste a paga;
32  Foste como a mulher adúltera que, em lugar de seu marido, recebe os estranhos.
33  A todas as meretrizes dão paga, mas tu dás os teus presentes a todos os teus amantes; e lhes dás presentes, para que venham a ti de todas as partes, pelas tuas prostituições.
34  Assim que contigo sucede o contrário das outras mulheres nas tuas prostituições, pois ninguém te procura para prostituição; porque, dando tu a paga, e a ti não sendo dada a paga, fazes o contrário.”

O profeta finaliza a advertência contra Israel antes de anunciar todas as graves consequências que haveriam de vir sobre aquele povo infiel. Deus, apesar de ser soberano em Sua glória, nos amou ao ponto de dar Seu próprio Filho em sacrifício por nós. Quando nos separamos completamente dele, sua frustração é como a de um marido traído, que presenciou o adultério de uma esposa por quem Ele deu o que tinha de mais precioso. E aquele que se afasta da Sua presença, é como alguém que ao errar, paga um preço, uma consequência por seu erro, mas ainda assim, torna a procurar seu pecado e se afastar de Deus.

Este texto pode parecer pesado. A advertência e a tristeza do coração de Deus frente aos pecados de Israel fazem doer o nosso próprio coração. Mas a palavra de Deus não volta vazia para o trono. Deus tem uma promessa por trás de tudo isso: A Sua Palavra promete tantas bênçãos, tantos livramentos, tanta provisão, que seu coração irá se maravilhar pois apesar de você ter ouvido falar na plenitude de Deus, seus olhos jamais a viram da maneira com que verão. Portanto, tenha cuidado. Ao receber uma bênção e entrar na sua Terra Prometida, lembre-se de louvar, agradecer e se entregar só para seu Deus, jamais se prostituir com as bênçãos.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Cuide dos muros.


Boa noite!

Sou particularmente contra pregações que falam mais do diabo do que de Deus. Mas  uma coisa é verdadeira: não podemos subestimar sua inteligência e persistência em derrubar os Eleitos de Deus. Claro que no estudo a seguir, não conseguirei avisar sobre todas as ciladas do diabo, mas espero que as que citei ajude a todos a se protegerem dos mesmos ardis que Neemias, esse inspirador homem de Deus, conseguiu se proteger.

Palavra: Neemias 6:1-16

1- Sucedeu que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesem, o árabe, e o resto dos nossos inimigos, que eu tinha edificado o muro, e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais,
2- Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.
3- E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?
4- E do mesmo modo enviaram a mim quatro vezes; e da mesma forma lhes respondi.
5- Então Sambalate ainda pela quinta vez me enviou seu servo com uma carta aberta na sua mão;
6- E na qual estava escrito: Entre os gentios se ouviu, e Gesem diz: Tu e os judeus intentais rebelar-vos, então edificas o muro; e tu te farás rei deles segundo estas palavras;
7- E que puseste profetas, para pregarem de ti em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá; de modo que o rei o ouvirá, segundo estas palavras; vem, pois, agora, e consultemos juntamente.
8- Porém eu mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu; mas tu, do teu coração, o inventas.
9- Porque todos eles procuravam atemorizar-nos, dizendo: As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará. Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos.
10- E, entrando eu em casa de Semaías, filho de Delaías, o filho de Meetabel (que estava encerrado), disse ele: Vamos juntamente à casa de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão matar-te; sim, de noite virão matar-te.
11- Porém eu disse: Um homem como eu fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei.
12- E percebi que não era Deus quem o enviara; mas esta profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram.
13- Para isto o subornaram, para me atemorizar, e para que assim fizesse, e pecasse, para que tivessem alguma causa para me infamarem, e assim me vituperarem.
14- Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme a estas suas obras, e também da profetisa Noadia, e dos mais profetas que procuraram atemorizar-me.
15- Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de Elul; em cinqüenta e dois dias.
16- E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito a seus próprios olhos; porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra. 
Como temos caminhado na presença de Deus, aprendemos que tudo o que fazemos é para edificar Seu Reino e glorificar Seu nome. Porém, a Palavra nos ensina que o Reino dos Céus é conquistado por esforço; portanto tudo o que fazemos e que recebemos de Deus é semelhante a uma obra, como a que Neemias estava fazendo para restaurar os muros de Jerusalém.
Assim como Neemias tinha inimigos que desejavam pará-lo a todo custo, toda obra que Deus faz em nós ou através de nós sofrerá ataques, para que fique paralisada e não se conclua. Quando o inimigo tem êxito em nos paralisar, a nossa obra fica em ruínas e a ruína é motivo de vergonha e zombaria. (Lucas 14:29 e 30)
Vamos analisar algumas das estratégias que o inimigo pode tentar usar para paralisar a obra:

1- Tentar te afastar da obra (versículo 2):
Os inimigos de Neemias tentaram primeiro desviá-lo usando uma suposta amizade como desculpa para desviá-lo de seu propósito, da obra que ele estava fazendo. Os muros de Jerusalém já estavam prontos e fortes. Seria necessária outra poderosa guerra para destruí-los novamente, porém os portões ainda não estavam no lugar, o que deixava a cidade ainda muito vulnerável.
O nosso inimigo muitas vezes pode tentar usar amizades para nos fazer mal e nos tirar da obra, deixando tudo o que construímos e preservamos desprotegido e vulnerável a ataques que causarão danos irreversíveis. Podem ser festas, rodas de conversa, alguns passeios – qualquer coisa que nos faça perder o foco na obra que realizamos e nos leve a pecar.
- Como evitar este engodo (versículo 3):
Além de não cessar a obra, Neemias analisou e meditou sobre o convite que fizeram a ele:  “por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?
Deus jamais vai permitir nada que nos retire da Presença d’Ele ou da obra que Ele tem em nossas vidas. Quando algum convite surgir para que você saia de onde está em Deus, pergunte-se: “Qual o propósito disso? Abandonaria eu essa obra e a deixaria exposta?”
Assim como Neemias protegia Jerusalém, todos temos algo a proteger. Por que deixaríamos de vigiar aquilo que protegemos?

2- Vencer pelo cansaço (versículo 4):
Mesmo tendo sido frustrados em seus planos, os inimigos de Neemias não desistiram de usar o mesmo engodo para fazê-lo parar. Eles sabiam que Neemias iria priorizar a obra, mas o foco deles não estava mais no poder do argumento que eles utilizavam, mas na insistência que eles tinham.
Quando nos posicionamos contra um argumento do maligno, ele jamais entrega a batalha na primeira tentativa. Sempre vai retornar, às vezes, não usando exatamente os mesmos argumentos, mas sempre investindo em uma determinada área de nossas vidas e é por isso que vemos tantas pessoas que voltam a cometer os mesmos pecados dos quais foram perdoadas e libertas.
- Como evitar esse engodo:
No próprio versículo 4, Neemias apresentou a solução: ele se posicionou. Da mesma forma que Neemias, não precisamos ser muito criativos, mas precisamos sim de firmeza. Uma vez que negamos ao pecado, conhecemos o caminho certo para evita-lo. Tudo o que precisamos fazer é seguir o mesmo caminho toda vez que o inimigo nos sondar com a mesma tentação. Essa foi a saída usada por Jesus quando foi tentado no deserto: Satanás tentou usar a Palavra para fazer Jesus se ensoberbecer e adorá-lo, mas todas as vezes, Jesus rebateu a Satanás com a mesma estratégia: fazendo o uso correto da Palavra.

3- Mentira: (versículos 5 a 7)
Quando o inimigo não consegue atingir seus objetivos, ele faz o que sabe fazer melhor, espalha mentiras ao seu respeito. Satanás é o pai da mentira e aquele que dissemina a mentira, filia-se a ele.
Neemias era um homem palaciano. Durante seu tempo de cativeiro, ele servia diretamente ao rei de seus dominadores. Não é difícil para um homem de tal estatura que seu coração se ensoberbeça e deseje assumir o lugar do próprio rei. Isso aconteceu com o próprio Lúcifer. Os inimigos de Neemias, conhecendo sua história, tentaram causar medo nele, pois Neemias sabia que, caso se espalhasse o rumor em Israel de que ele pretendia ser rei, sua vida correria risco de retaliação dos reis ao redor.
Muitas vezes, pessoas são usadas para espalhar mentiras sobre nós. Mentiras que podem causar medo e nos paralisar. Ou podem causar ira e nos levar a pecar. Existem mentiras que parecem direções verdadeiras, mas nos tiram da obra e nos levam a desertos que não podemos atravessar; mentiras que nos levam a voltar atrás em nossas obras e destruir o que nós mesmos edificamos
- Como evitar esse engodo: (versículo 8)
Neemias era um conhecedor da Palavra. Durante o cativeiro na Babilônia, surgiram verdadeiros e falsos profetas, mas Neemias tinha intimidade com Deus e via quais eram os verdadeiros profetas, respaldados por Deus, pois a verdade sempre os acompanhava.
Somente a intimidade com Deus pode nos salvar dos efeitos devastadores da mentira. A leitura da Palavra e uma vida de oração libertam os Filhos de Deus do engano. (Leia João 8:32, Salmo 119:105, Isaías 49:23)

4 – Corromper profetas e usar a religiosidade: (versículo 10)
Essa é uma estratégia que vem se tornando cada vez mais comum nos dias de hoje e o versículo 10 mostra que profetas corrompidos nem sempre estão em outro ministério e nem sempre são desconhecidos ousados que aparecem para profetizar em nossas vidas sem razão aparente. O próprio Neemias que tomou a iniciativa de ir à casa de Semaías, o que indica que eles eram, no mínimo, conhecidos que se respeitavam. Talvez fossem até mesmo amigos. Semaías então tentou dissuadir Neemias da obra que fazia, tentando intimidá-lo a ficar no templo.
Assim como Semaías, alguns falsos profetas podem se levantar para pregar a prática da religiosidade. Talvez até uma pessoa próxima a você. A obra de Deus não acontece somente na igreja, na verdade, a maioria dela acontece fora das paredes do seu templo. Que fique claro, não estou desmotivando ninguém a frequentar a sua igreja, mas o meu ponto é que todos devem saber qual é a finalidade do templo: dedicar um tempo do seu dia a louvar a Deus e aprender Sua Palavra. A Palavra é a estratégia para lutarmos contra as forças espirituais da maldade, a fim de que conhecendo e sendo libertos pela verdade, possamos testemunhar o sacrifício de Cristo aos perdidos. Quando alguém prega a mensagem que a obra consiste em se dedicar mais à sua denominação, mais à sua doutrina, mais aos seus sacerdotes e menos a evangelizar e cuidar daqueles que precisam de Jesus em suas vidas, está te escondendo no templo, ou seja, camuflando os propósitos de Deus com a religiosidade.
Outro ponto importante no discurso de Semaías, é que ele tentava esconder Neemias na religiosidade com um argumento de ameaça. É o que chamo de “evangelho do terror”. Muitos sacerdotes e muitas igrejas têm pregado essa mensagem. Conhecemos alguns exemplos, como: “Olha, se você não parar de beber, vai para o inferno.” “Esse mês, você não pode participar da ceia. Eu sei que você andou de olho comprido para cima daquela menina.” Sem tirar o mérito e a importância do pecado, mas Deus é um Deus que encoraja o perdão, não a acusação. A igreja deve conduzir o crente ao genuíno arrependimento, fazendo-o saber do amor que Cristo tem por ele, não ameaça-lo.
- Como evitar este engodo: (Versículos 11 a 13)
Essa estratégia é uma das mais complexas e poderosas estratégias de Satanás. Primeiramente porque como o versículo 12 indica, antes de profetizar a morte de Neemias por suborno, é provável que Semaías houvesse, em ocasiões anteriores, pois certamente, debaixo de tantas investidas e ameaças, Neemias não confiaria nele a ponto de ir à sua casa e contar sua situação se soubesse ser ele um falso profeta. Mas o Espírito Santo era com Neemias e ele logo identificou e evitou o engodo de seus inimigos. Repare os argumentos que ele levantou no versículo 11:
“Um homem como eu fugiria? E quem há, como eu, para que entre no templo e viva?”
Neemias tinha plena noção de quem ele era naquela obra. Ele era o condutor, o líder. E mais: ele tinha plena ciência de qual era a sua obra e de qual era a importância dela. Portanto, façamo-nos um convite à reflexão:
Qual é a obra que estamos fazendo para Deus? Estamos ajudando a salvar a nossa família? Os nossos amigos? O nosso bairro? Os necessitados?
Qual é a importância da nossa obra? Será que estamos levantando só mais um crente “esquenta banco”? Ou será que estamos levantando evangelistas, mestres, pastores, missionários?
Quem há que tenha sido salvo pela religiosidade? Será que você pode se esconder na própria salvação, ficando escondido no templo? Será que Jesus mudou a sua vida? Você faz a vontade do Pai, que está nos céus ou no dia de acertar contas com Ele, você chamará “Senhor, Senhor” e receberá como resposta “Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Eu nunca vos conheci”?
Para que Deus te escolheu?
Se você se identificar plenamente através destas perguntas e mais, se estiver de acordo com as Escrituras, você saberá o que Deus deseja de você e não cairá na conversa de qualquer falso profeta que foi subornado pelo Inimigo (que os suborna com reconhecimento, glória e soberba) para te intimidar.
Por fim, Neemias identificou o intento dos seus inimigos:
- Atemorizá-lo, pois o medo é o contrário da fé e nos deixa paralisados e tira o nosso discernimento.
- Fazê-lo abandonar a obra para se esconder no templo, pois um homem escondido e intimidado não pode enfrentar ninguém.
- Fazê-lo pecar, através da religiosidade, pois uma vez tendo se rendido à religiosidade, Neemias estaria preso em suas próprias crenças e ritos.
- Infamarem-no e vituperarem-no, pois uma vez que um líder seja derrubado e envergonhado, seus liderados não tem a força nem a motivação para conduzir a obra, visto que a própria obra passa a ser considerada fruto de um delírio visionário de alguém que sequer conseguiu se manter firme contra as provações. Quando um líder é envergonhado, a sua obra também é.
Precisamos ter essa clareza de mente quando o inimigo chegar ao ponto de usar nossos próprios irmãos contra nós. Deus tem um propósito em sua vida e sua obra e foi para o cumprimento desse objetivo que Ele te escolheu. Para não cair no engodo do inimigo, precisamos ver com clareza quais são os propósitos de Deus e confrontá-los contra o que nos apresentam, discernindo quais propostas vão contra aquilo que Deus propôs.

- Conclusão (versículos 15 e 16)
A obra de Neemias foi concluída e o versículo 16 revela que, quando pronto, o muro de Jerusalém atemorizava todos ao redor, “porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra.”
Deus está fazendo uma obra através da sua vida. Seus inimigos – Satanás e seus enviados – não ficarão quietos esperando que ela acabe, mas tentarão usar todos esses engodos para te paralisar, mas assim como Neemias permaneceu firme, nós também permaneceremos e quando Deus estabelecer a sua obra através de nós, todos verão que o Senhor é que trabalhou através da sua vida!
Neemias, ao final, identificou a estratégia de seus inimigos e os confrontou. Não tenha medo de confrontar seus inimigos. A sua verdade irá prevalecer e a sua obra vai ser concluída, para virar um marco entre as gerações do poder da glória de Deus!

sábado, 8 de outubro de 2011

Disciplina


Boa noite!

Temos a tendência natural de rejeitarmos críticas e confrontos. É uma característica comum do ser humano não reconhecer a própria culpabilidade e transferir para outras pessoas ou circunstâncias, a fim de fugir da responsabilidade dos seus atos. Quero compartilhar com vocês algumas palavras sobre confronto e disciplina de Deus. Como base tomarei o texto de Hebreus 12:5-8:

5  E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, E não desmaies quando por ele fores repreendido;
6  Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.
7  Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
8  Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.

Muitas vezes, procuramos a Deus com sede de receber um determinado tipo de bênção com a qual sonhamos e esperamos que Deus prontamente nos entregará o que desejamos, sem que antes sejamos preparados para isso.
O fato é que quando somos arrebatados do mundo para a presença de Deus, ainda temos muitas das mazelas e falhas de caráter que adquirimos em uma vida inteira separada de Deus e diariamente precisamos de cura e libertação, até que sejamos moldados de acordo com a boa mente de Cristo. A menos que essa cura e essa libertação sejam operadas em nossas vidas, não aprenderemos a manter as bênçãos que tanto desejamos.
Não podemos esperar que haja uma verdadeira mudança em nós sem que antes sejamos transformados e não podemos ser transformados sem a disciplina de Deus.
Infelizmente, nosso coração é enganoso e corrupto, conforme está em Jeremias 17:9, e os pecados lentamente nos deixam cegos ao verdadeiro caminho, que só pode ser iluminado pela Palavra de Deus, conforme está escrito no Salmo 119:105 que diz:
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.”
A disciplina de Deus não é um peso de acusação, mas conforme diz o Salmo, é um confronto que nos permite enxergar o verdadeiro caminho a seguir.

A Palavra nos mostra a diferença entre dois grandes homens que foram confrontados por Deus e que rumo ambos tomaram. Em I Samuel 15, Saul pecou contra Deus, não obedecendo sua palavra. Quando confrontado, Saul tentou justificar-se perante ao profeta e não se arrependeu, tentando parecer bem aos olhos do povo, não aos olhos de Deus. Por isso, Deus se arrependeu de o haver constituído rei e isso abriu legalidade para que um homem, antes escolhido por Deus, fosse presa de espíritos malignos que o enlouqueceram.
Davi, o rei que surgiu depois de Saul, também escolhido por Deus, também cometeu um pecado grave (II Samuel 11 e 12), porém, ao receber através de Natã a disciplina de Deus, Davi imediatamente se despojou de toda a sua glória como rei de Israel e se arrependeu genuinamente.
Saul, depois de seu pecado, foi levado à loucura e à morte. Davi, porém, conquistou muito e entrou para a história como um homem segundo o coração de Deus.
Essas duas histórias mostram que, conforme está em Provérbios 3:12, o Senhor exorta a quem ama. Nós, como seres humanos, somos falhos e imperfeitos, porém é um sinal de sabedoria aceitarmos a disciplina de Deus e nos arrependermos de uma forma verdadeira e genuína, para que não sejamos consumidos pelo mal, como foi Saul; mas antes voltemos a ver o caminho de Deus e sermos guiados através dele.
O Senhor levanta seus filhos e nem sempre eles terão uma palavra de apoio às suas atitudes, mas terão a palavra correta de disciplina em seus lábios. Examine-se o homem a si mesmo através das escrituras, arrependa-se e será salvo. 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Um blog, dois blogs, mil blogs.

Boa noite!

Pensei em várias coisas para escrever no post de estréia do blog. Pensei se acertaria primeiro os detalhes do layout, mas percebo que é bom ir direto ao conteúdo. Afinal, blog bonitinho tem aos montes, mas não são todos os que edificam.
Enfim: o início.

Por que mais um blog?

Pelo simples motivo de eu ser mais uma pessoa que teve o seu espírito ressuscitado pela graça de Cristo. A leitura e meditação da Palavra de Deus traz para o nosso espírito direções para serem seguidas no dia-a-dia. A minha proposta não é de falar de religião, mas de, através de estudos e outros tipos de textos baseados na Palavra, compartilhar o que Deus tem compartilhado comigo. Afinal, embora sejamos pessoas únicas até mesmo no jeito de lidar com as circunstâncias, algumas circunstâncias têm o hábito de se repetirem na vida de várias pessoas.

Então você vai falar de teologia? Qual você segue?

De um certo jeito, sim, uma vez que "teo" significa Deus e "logos" significa conhecimento e portanto, "teologia" significa "conhecimento de Deus". Pretendo realmente falar em relacionamento com Deus, em buscar a conhecê-lO cada dia mais, através de uma busca sincera e dedicada. Mas a pergunta "qual teologia você segue" é uma pergunta perigosa, com fortes tendências à geração de facções. Portanto, a teologia que sigo é esta: Que Jesus Cristo, sendo Deus, humilhou-se a Si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz. (Filipenses 2:8) Através de sua morte na cruz, ele pagou por todos os pecados da humanidade (Romanos 8:1), pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3:23). Ele venceu e ressuscitou ao terceiro dia (Atos 13:30) e vive eternamente.(Hebreus 7:23-25)
Resumindo, a teologia que sigo é que Deus amou o mundo de tal maneira que entregou Seu Filho unigênito a fim de que todo aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha vida eterna (João 3:16). Deus não muda e continua amando o mundo da mesma maneira, dando aos homens o acesso à salvação. Isso é evangelho, o resto é detalhe.

O que é teophania?

Teophania, ou teofania, como é mais correto na língua portuguesa, significa "manifestação de Deus". Embora o termo seja mais usado para descrever momentos como a manifestação de Deus no Monte Sinai (com trovões, fogo e fumaça), eu escolhi esse nome para sintetizar a manifestação de Deus que ocorre dentro de nós, quando somos tocados pelo Seu Espírito, para caminharmos à luz da Palavra, praticando-a como estilo de vida. O termo me chamou a atenção por vários motivos: a força do seu significado, a sonoridade da palavra e o fato desta ser a coisa mais buscada por todos: pelos justos para depender de Deus e pelos ímpios para questionar nossa fé (como os fariseus que pediam um sinal do céu a Jesus, mas tiveram seu pedido negado).

Vamos lá, quais são suas credenciais para que eu creia no que você escreve?

Não sou pastor nem teólogo. Até tenho cargos dentro da minha igreja, sendo líder de célula e 12 de segunda geração; mas estas não são minhas credenciais, são meu serviço a Deus.
Minhas credenciais são um coração sincero perante meu Deus, a transformação da minha vida pelo amor e poder de Deus, uma vida de oração e o fato de basear tudo o que escrevo na Palavra de Deus, que é a mais importante de todas. Quem não crê que estas coisas são reais na minha vida, não precisa crer em nada do que leio.

Onde você quer chegar com tudo isso?

Não pretendo me tornar um blogger superstar, não pretendo ser polêmico, nem causar impressões a respeito de mim mesmo. O que me deixará extremamente feliz é se todos aqueles que lerem este blog realmente experimentem a teophania, a manifestação de Deus em seu interior, O adorando de coração. Com o avanço da internet, você nunca pode saber quem pode chegar até Deus por intermédio de uma palavra lançada por você. Na vontade que Deus tem de usar cada um dos Seus filhos, eu só espero que este blog seja uma "janelinha".

Bom. Obrigado pela atenção de vocês. Aceito suas orações para que eu seja usado por Deus.
Um grande abraço!

Felipe Viana