É uma realidade que tem se estabelecido muito ultimamente, e por isso, peço que você, querido leitor, leia até o fim e divulgue, pois seus irmãos podem estar passando por essa realidade.
E disse a outro:
Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu
pai.
Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.
Lucas 9:59-60
Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.
Lucas 9:59-60
Muitas
pessoas podem se escandalizar com as palavras de Jesus a esse homem, a quem o
Senhor chamou. Muitos de nós sabemos o que é a dor de se perder alguém próximo,
principalmente quando se trata de um dos pais, um cônjuge ou, pior ainda, um
filho. Se nunca aconteceu conosco, é comum que pelo menos conheçamos alguém que
tenha passado por essa dor.
Temos
aprendido que Jesus não está alheio à nossa dor ou às nossas dificuldades, que
em cada situação que passamos, Ele sabe do que precisamos antes mesmo de
abrirmos a nossa boca. Sendo assim, por que Jesus não teria compreendido a dor
daquele discípulo, ordenando-o ao trabalho ministerial ao invés de deixa-lo
enterrar seu pai?
Podemos
tirar várias lições destes dois versículos e a mais ministrada é que Jesus
estava fazendo a diferença entre os que são e os que não são salvos, ao ditar
claramente que os mortos deveriam enterrar os mortos, ou seja, que se
preocupassem com a morte aqueles que já não têm em si a vida eterna prometida
por Deus.
No
entanto, por trás das palavras de Jesus, há um ensinamento muito mais profundo,
assim como comum em nossas vidas, que temos deixado passar.
I
Coríntios 15:21-22 fala do homem do pecado e do homem da ressurreição, conforme
encontramos em Romanos, estes dois são o primeiro e o último Adão, sendo que
este último Adão é Cristo. Em Adão, não só se iniciou a humanidade, mas após a
sua queda, se iniciou também a separação entre este mundo e o Reino de Deus.
Antes da queda, a realidade em que Adão vivia era o pleno Reino de Deus
estabelecido na Terra, onde o homem tinha comunhão plena com o seu Criador e o
servia como seu Rei. No entanto, a queda do homem através do pecado fez uma
separação entre o Reino de Deus e as coisas deste mundo, onde o homem confia na
força do seu próprio braço e esqueceu de depender de Deus.
Tudo o que
ocorreu desde então, através de todo o Antigo Testamento, era Deus desejando
voltar a se relacionar com o homem e o homem tentando mais uma vez se religar
ao Reino dos Céus – e desse “religar” que surgiu a palavra “religião”.
Finalmente, Jesus veio à Terra justamente com o propósito de dar aos homens a
chave dessa religação. Cristo não apenas deixou sua morte e ressurreição como
legado, mas também deixou suas palavras, ensinamentos e o acesso pleno e
irrestrito à presença do Espírito Santo. A missão de Jesus neste mundo era
acabar com a separação entre ele e o Reino de Deus.
Porém, em
sua caminhada, Jesus se deparou com muitos casos como este, citado no livro de
Lucas. Aquilo era um caso extremo onde um homem precisava decidir se ele
atenderia às necessidades de sua alma, ou se atenderia as necessidades do Seu
Deus.
Sim,
querido, Deus tem uma necessidade que precisa ser atendida: Ele nos escolheu
para semear o evangelho em toda criatura e para adorá-lO em espírito e em
verdade. Esta necessidade é a própria essência da missão de Cristo: unir o homem
pecador ao Seu criador, para que ambos possam novamente viver em plena
comunhão.
O ponto
central desta palavra é: por que você se preocupa com as coisas pequenas deste
mundo? Será que Deus e Seu Reino deixaram de ser grandes o suficiente para serem
sua única razão de viver?
Em uma
análise superficial das nossas vidas, provavelmente diríamos: “Claro que não!
Deus é único e suficiente para mim.” Mas observando as atitudes de muitos dos
meus irmãos, eu me pergunto: Será?
Façamos
uma análise mais profunda: o que você não tolera na sua liderança? Muitos
discípulos não toleram líderes que não conversam com eles frequentemente, que
ao invés de passada de mão na cabeça, entregam palavras duras, a fim de que
haja arrependimento. Basta uma falha e suas bocas se abrem em murmuração, logo
juntam suas insatisfações à de outras pessoas e assim passam a contaminar a
equipe.
Jesus nos
ensinou a respeito do que não deveríamos tolerar: mestres que não pregam a sã
doutrina, sacerdotes que ordenam o que não fazem, hipócritas, árvores de maus
frutos. A estes nós não devemos submissão, mas é nesse momento que nosso amor
deve ser provado. No lugar de adotarmos uma rebeldia inconsequente, devemos
interceder por eles e confrontá-los em amor, assim como Paulo fez com Pedro,
que por ser um homem de Deus, reconheceu seu erro e se consertou (Gálatas 2:11).
Quando
retemos feridas com nossos líderes, contaminamos a equipe e paramos nosso
ministério e o ministério alheio, estamos semeando contendas, inimizades e
facções e colheremos morte espiritual. Isto é um exemplo de dar uma desculpa
para Jesus e ir enterrar nossos mortos.
Com os
nossos irmãos, não é diferente. A Palavra promete que todo joelho se dobrará e
toda língua confessará a Jesus como seu Senhor. Isso significa que você terá
que lidar com pessoas de diferentes opiniões, diferentes atitudes, diferentes
jeitos de ser. Isso nem sempre vai nos agradar, pois costumamos a procurar
pessoas semelhantes a nós, com quem podemos aliançar nossas almas. Mas o
chamado de Deus para o seu povo não é o de uma aliança na alma, mas de uma
aliança no espírito. Somos um só povo, de um único Deus, guiados por um só
espírito. Muitas pessoas ficam magoadas por receberem palavras que não
gostariam ou por esperarem palavras que nunca chegaram. O que a maioria delas
não consegue ver é que absolutamente nenhuma expectativa deve ser colocada em
pessoas ou circunstâncias, nenhuma confiança deve repousar sobre a alma das
pessoas, mas tudo isto deve estar sobre a rocha que é Cristo. D’Ele virá o sim
e o amém. Muitas vezes, o que esperamos de uma pessoa, Deus quer nos dar
através de outra e nós, por não depositarmos n’Ele a nossa confiança, perdemos
o que precisamos.
Esperar no
homem é andar debaixo de maldição (Jeremias 17:5). É chegar-se a Jesus e pedir
licença para enterrar seus mortos. Mas esperar em Deus é força inabalável
(Isaías 40:31), é vencer os problemas deste mundo e anunciar o Reino de Deus!
Quanto ao
perdido então, nem se fala! I João 4:4 diz claramente que maior é aquele que
está em nós do que o que está no mundo! Sendo assim é claro que o mundo não
anda no mesmo espírito que os filhos de Deus e por isso, estão submetidos aos
espíritos inimigos de Deus e à própria carne, que milita contra o espírito.
Certamente, pior que colocar nossa expectativa e nossa confiança no homem
cristão é coloca-la no ímpio, pois uma diferença os distingue: o homem que tem
o Espírito Santo em si é ministrado e movido por ele, mas o ímpio não faz nada
além de suas próprias vontades e da opressão que lhe é imposta. Colocar sua
confiança no ímpio é um convite à decepção certa, é confiar nos mortos que
Cristo mencionou.
Pior do
que tudo isso, é colocar a confiança e agir guiado por coisas que sequer têm
vida! Quantas vezes não vemos pessoas que confiam no dinheiro e nos seus bens,
no ministério que construíram, no seu trabalho, na sua própria saúde e
histórico médico impecável, nos seus diplomas? Todas estas são coisas que nos
podem ser retiradas do dia para a noite e se nossas bases estiverem nisso,
certamente desmoronaremos.
A mensagem
que quero passar aqui é que devemos parar de agirmos, de nos alegrarmos, de nos
entristecermos e de definirmos nossa vida e nossa unção por causa de qualquer
outra coisa que não seja Deus.
Muitas
vezes você será chamado a escolher: você vai enterrar seus mortos, ou seja, por
causa das suas opiniões, vai continuar gerando desunião, se magoando e pecando;
ou você vai anunciar o Reino de Deus, parando de se preocupar com homens, com
coisas e com glória própria e glorificando em absolutamente tudo o Nome do
Senhor?
Anunciar o
Reino dos Céus é mostrar ao mundo que Deus pode cuidar de ABSOLUTAMENTE TUDO,
desde que nossa confiança e expectativa estejam sempre ligadas unicamente a Ele
e a nenhum outro, nem mesmo você.
Você tem
escolhido enterrar seus mortos? Analise-se em oração e sinceridade, à luz da
Palavra e se a resposta for sim, arrependa-se. Peça fé e forças a Deus se
necessário, pois Ele jamais pedirá de você uma atitude à qual Ele não possa te
capacitar.
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